12 junho 2016
Cuba insta a reforçar as estratégias contra a intervenção imperialista na América Latina
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla exortou na quarta-feira, 8 de junho, à Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA-TCP) a se fortalecer contra as estratégias de intervenção imperialistas e as ações golpistas que procuram se impor no continente, informou a agencia de notícias AVN.
A agência de notícias Prensa Latina informou, entretanto, que o Conselho Político da ALBA-TCP, reuniu-se também em 8 de junho, nesta capital, com o objetivo de discutir estratégias comuns para a defesa da região.
Durante seu discurso, Rodriguez Parrilla exortou os movimentos sociais e políticos que existem na região a defender os governos esquerdistas progressistas que sofrem essas medidas de potências estrangeiras, como é o caso da Venezuela, à qual se pretende aplicar a Carta Democrática da Organização dos Estados americanos (OEA), bem como o Brasil, que agora sofre um golpe de estado parlamentar.
Em suas palavras, transmitidas pela rede multinacional Telesur, o chanceler cubano disse que é atempada a mobilização da Alba contra os processos que estão acontecendo em nossa região, contra o golpe parlamentar, judicial e da mídia está acontecendo no Brasil.
Acrescentou, ainda, que nestas circunstâncias, corresponde ao Conselho Político da ALBA se mobilizar e chamar a todos os movimentos políticos e populares, as forças revolucionárias progressistas e da esquerda na região, aos movimentos sindicais, camponeses, aos intelectuais para enfrentar a intervenção imperialista, a violência pró-golpe e o neoliberalismo.
Para isso, indica a AVN, o diplomata cubano explicou que é necessário fortalecer a unidade regional e as conquistas alcançadas pelo continente em organizações internacionais, como a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade do Caribe (Caricom).
“A América Latina e o Caribe mudaram, nós já não o quintal são mais, nem seremos, dos Estados Unidos, não vamos admitir o retorno à época da cenoura e do porrete e reitero que ninguém poderá seduzir Cuba, que ainda está bloqueada e cujo território de Guantanamo ainda é ocupado, enquanto se tenta isolar a Venezuela”, reafirmou.
A este respeito, acrescentou que a região é, neste momento, ameaçada pelo governo dos EUA e as oligarquias nacionais, porque eles não têm o apoio do povo, “lançam mão, cada vez mais, dos golpes, para reverter a soberania sobre nossos recursos naturais, nossas políticas de independência e de desenvolvimento social”.
Durante sua participação no Conselho, o ministro Bruno Rodríguez disse que a história do continente é definida nesta batalha que vem travando a Venezuela contra as constantes ameaças e reafirmou sua solidariedade e laços fraternais entre as duas nações.
“A história da América Latina e do Caribe é decidida nesta batalha, aqui na Venezuela, vamos defender tudo, ao preço que for necessário, o legado de (Hugo) Chávez e a Venezuela continuará tendo em Cuba um país irmão, disposto a correr sua própria sorte”, manifestou.
A este apoio aderiu o alto funcionário dos serviços consulares de São Cristóvão e Névis, Samuel Berridge, quem destacou os progressos realizados durante estes 17 anos, graças aos acordos com a Petrocaribe, servindo os povos com as diferentes missões sociais.
“Estamos encorajados pelo modelo de coesão social que existe na Venezuela”, disse Berridge, enquanto manifestou seu apoio às iniciativas de diálogo, impulsionadas pelo governo nacional e que são acompanhadas do apoio da Unasul.
“São Cristóvão e Névis é solidária com o governo e o povo da Venezuela e está empenhada em garantir a chegada de uma nova era de crescimento econômico e desenvolvimento na Venezuela. A Venezuela é um membro importante em nosso hemisfério, não estamos interessados em que esteja enfraquecida, não nos interessa nem beneficia a ALBA nem ao resto do hemisfério”, recalcou.
Enquanto isso, a chanceler da República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez, se queixou de que as campanhas da mídia contra os governos de esquerda na região procuram criar as condições para justificar a agressão imperial.
“Os povos não querem de volta a década escura do neoliberalismo, não quer ser novamente submetidos e subjugados politicamente, economicamente, financeiramente e entregues ao Fundo Monetário Internacional”, expressou.
De acordo com o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, o principal tema de discussão foi a necessidade de criar uma estratégia comum para a defesa e libertação do nosso processo revolucionário.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Guillaume Longo, anunciou que a união dos países da ALBA-TCP é necessária para enfrentar e combater os efeitos da direita global contra a região.
Além disso, o ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramon Quintana, condenou, em nome de seu povo, qualquer ataque contra a democracia venezuelana.
Do Granma
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