A irmã República Bolivariana da Venezuela travou uma dura e vitoriosa 
batalha diplomática na Sessão Extraordinária do Conselho Permanente da 
Organização dos Estados Americanos (OEA), celebrada em 1º de junho, 
contra o plano de ingerência do imperialismo e as oligarquias.
Surpreende a maneira histérica, torpe e nada ética, na qual o 
secretário-geral da OEA tentou, a todo o custo, servir a escuros 
interesses.
O senhor Almagro tentou agora aplicar a Carta Democrática 
Interamericana, particularmente seu artigo 20º, encaminhado supostamente
 a lidar contra as rupturas ou alterações graves da ordem 
constitucional, artigo que não foi invocado quando do golpe militar de 
2002 contra o presidente Hugo Chávez Frías, nem para condenar os golpes 
de Estado nem as tentativas de golpe que nos últimos quinze anos têm 
abalado a região, exceto em um único caso, em 2009, no qual os Estados 
Unidos e algumas forças da direita fizeram forte resistência.
Para isso, sem o mandato dos Estados membros, se atribuindo 
prerrogativas que não tem, com a ajuda de elementos da oposição golpista
 venezuelana e de outros personagens reacionários de duvidosa reputação,
 escreveu um relatório calunioso e ingerencista que, violando os 
procedimentos, tornou público.
Tudo parecia pronto para um passeio triunfal, mas o secretário-geral,
 os burocratas da OEA e seus truculentos mentores esqueceram que já não 
vivemos em 1962, quando com vergonhosa cumplicidade Cuba socialista foi 
julgada e condenada.
Marcaram a diferença o tom dos debates, as fortes denúncias do papel 
indecente do secretário-geral, a posição firme dos países irmãos da 
ALBA-TCP, os calmos argumentos daqueles que escolheram o diálogo, o 
respeito entre as nações e a paz como normas de sua diplomacia, e a 
mensurada mas clara resistência caribenha ao convite traiçoeiro contra a
 Venezuela.
O Ministério das Relações Exteriores considera que o ocorrido agora 
em Washington é uma nova evidência de que Nossa América mudou, embora a 
OEA continue sendo um instrumento, impossível de reformar, de dominação 
dos Estados Unidos sobre os povos latino-americanos e caribenhos, e 
lembra o expresso pelo presidente Raúl Castro Ruz, em dezembro de 2008, 
reiterado no recente 7º Congresso do Partido Comunista de Cuba, quando 
parafraseando José Martí disse que “antes que Cuba retornar à OEA o mar 
do Norte se juntará ao mar do Sul e nascerá uma cobra de um ovo de 
águia”.
Reiteramos, mais uma vez, à Revolução bolivariana e chavista, 
solidária e generosa, ao presidente Nicolás Maduro Moros, à união 
cívico-militar e a seu bravo povo o pleno respaldo do povo e do Governo 
Revolucionário cubanos e nossa inquebrantável fé no triunfo de sua justa
 causa.
Ministério das Relações Exteriores
Havana, 2 de junho de 2016


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