30 dezembro 2017
Somos de onde cresce a palmeira
Esta é uma paisagem que dá luz. É o lugar sublime e entranhável no qual renasceu o sonho que depois foi de milhões. Lá, onde cresce esguia a palmeira e flutuam as cores daquela bandeira que jamais foi mercenária com a intensidade das nostalgias e o amanhã, foi desenhada, com profundos relevos, a tela de uma realidade marcada de esperança por aqueles de bala e empenho: crianças-homens de barbas encaracoladas e cabelos compridos, dispersos sobre os ombros rebeldes, e garota com voo de borboleta e o poderio da altivez e fortaleza da alma.
Dizem que entre as cristas dessas montanhas, que é Serra protetora das aspirações crescentes, e Mestra das aprendizagens sempre novas, que supõem cada um dos nossos passos, sulcam a erva fresca e sempre vivente os seus afluentes, os mesmos que aliviaram a sede e deram energia ao corpo naqueles dias de campanha tendo pela frente um exército superior em armas, com a proverbial força que irriga um processo transformador dos humildes com todos e pelos humildes para o bem de todos.
Nas entranhas dessa geografia de pessoas boas, nobres e dispostas, ainda batem as sonoridades contagiosas do riso e o fértil arraigo daqueles que desfrutaram da dita de pensar um país e "testá-lo", com sua estrutura emancipadora e dignificante, nos quais, ao mesmo tempo, eram fronts de combate o república nascente.
Ali, plantadas com infinito cuidado, os horizontes de Cuba têm suas raízes, delineados pelo tempo dos heróis, em um cotidiano que tem o misterioso pacto com a história de fazê-los ressurgir nos locais mais comuns e insuspeitos.
Este é o mesmo tapete no qual foram bordados os sinais determinantes de quase 60 anos de uma Revolução que continua pensando no futuro a favor dos pobres da terra. Assim Cuba "Sierra" Maestra o calendário que recebe outro enaltecido pelo século e meio de uma nação cincelada pela liberdade e a justiça e comemora, junto a seu povo, a elevada lógica da sua unidade.
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