22 fevereiro 2019

Cuba pede mobilização pela paz e contra a intervenção imperialista na América Latina



O ministro das Relações Exteriores da República de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, pediu na terça-feira, 19 de fevereiro, em uma entrevista coletiva, que a Organização das Nações Unidas (ONU) apoie a soberania do povo venezuelano e não permita, em nenhuma circunstância, a interferência nos assuntos internos da nação, bem como a violação do direito internacional.


"Menos de um quarto dos Estados reconhecidos pela ONU interferem nos assuntos internos da Venezuela. Devemos separar propaganda da realidade”, disse o chanceler.

 “Medidas unilaterais e, portanto, ilegais, são aplicadas contra a República Bolivariana da Venezuela. Além disso, uma grande campanha de comunicação e política está em andamento; ela é, geralmente, o prelúdio de ações de maior escala do governo dos EUA”, explicou Bruno Rodríguez.

Cuba pede uma mobilização pela paz, contra uma intervenção do império na América Latina, contra a guerra, por diferenças políticas ou ideológicas. “Nestas circunstâncias, só se pode ser a favor da paz ou contra a guerra”, disse o chanceler.

 “Trump disse que o socialismo promete unidade, mas provoca ódio e divisão. Extraordinário cinismo, extraordinária hipocrisia. Ele é o representante de um governo sem moral”, disse Rodríguez.

O ministro das Relações Exteriores desafiou a intimidação de Donald Trump àqueles que “decidiram construir” a base das nações de maneira independente e socialista.

 “O presidente Donald Trump está errado, o futuro de Cuba está aqui. Com medidas de bloqueio adicionais ou sem elas, o futuro de Cuba é decidido por cubanos e cubanos”, disse Rodríguez Parrilla.

 “Construímos nosso próprio curso e nos preparamos para um triunfo de sucesso nos próximos dias. Escrevemos juntos esta nova Constituição e votaremos em 24 de fevereiro”, ratificou.

O Governo Revolucionário da República de Cuba denunciou, em comunicado recentemente divulgado, a escalada de pressão e ações do governo dos Estados Unidos para preparar uma aventura militar disfarçada de “intervenção humanitária” na República Bolivariana da Venezuela e convocada a comunidade internacional se mobilize para evitar que seja consumida.

É essencial lembrar que comportamentos semelhantes e pretextos semelhantes foram adotados pelos Estados Unidos no prelúdio das guerras que lançou contra a Iugoslávia, o Iraque e a Líbia, ao preço de imensas perdas de vidas humanas e enorme sofrimento.

Bruno acrescentou que o governo dos EUA está tentando eliminar o maior obstáculo representado pela Revolução Bolivariana e Chavista ao exercício da dominação imperialista sobre Nossa América ​​e a desapropriação do povo venezuelano da primeira reserva de petróleo certificada do mundo e outras grandes reservas estratégicas e recursos naturais.

 “A soberania e a dignidade da América Latina e do Caribe e dos povos do Sul são decididas hoje na Venezuela. A sobrevivência das normas do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas também é decidida. É definido se a legitimidade de um governo emana da vontade expressa e soberana de seu povo ou do reconhecimento de potências estrangeiras”, disse o texto.

O Governo Revolucionário — afirma-se no documento — reitera sua firme e inabalável solidariedade com o presidente constitucional Nicolás Maduro Moros, a Revolução Bolivariana e Chavista e a união cívico-militar do seu povo, e apela a todos os povos e governos do mundo para defender a paz.

Do Granma

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