03 dezembro 2016

Desembarque do Granma: Para a liberdade definitiva de Cuba


O desembarque do iate Granma em 2 de dezembro de 1956, perto da praia Las Coloradas, apesar de adversidades, marcou o impulso vital para a liberdade de Cuba. Uma semana antes, em 25 de novembro, Fidel Castro e outros 81 expedicionários zarparam do porto mexicano de Tuxpan sem imaginar os obstáculos que enfrentariam.

A mal tempo impossibilitou que se cumprisse o plano traçado pelo líder guerrilheiro com o movimento clandestino 26 de Julio na cidade de Santiago de Cuba, na antiga província de Oriente, onde o levantamento em armas do 30 de novembro procurava concentrar a atenção do exército.

No entanto, maiores problemas ficavam por enfrentar, pois o exército do ditador Fulgencio Batista tinha descoberto o desembarque e, amparado por um guarda-costas e a aviação, disparou contra aqueles homens que vinham decididos a empreender o caminho da vitória.

Durante três dias o grupo marchou para a Sierra Maestrea e em 5 de dezembro, quando descansavam na zona de Alegria de Pío, foram surpreendidos pelo inimigo.

O impacto provocou a dispersão dos guerrilheiros e semanas depois, de acordo com dados oficiais, dos 82 integrantes, 21 tinham morrido; exceto três, todos resultaram assassinados pelos soldados inimigos.

Depois de vários dias de caminhada, exatamente em 18 de dezembro de 1956 na localidade Purial de Vicana, Fidel Castro e seu irmão Raúl voltaram a reunir-se.

Como assinalam os historiadores, após um forte abraço, o líder revolucionário perguntou a Raúl: 'Quantos fuzis traz?' -'Cinco' respondeu seu irmão. 'Com os dois que tenho eu, sete! Agora sim ganhamos a guerra!'.

E assim foi, porquea partir daí se recompôs o grupo guerrilheiro; primeiro incorporaram-se outros expedicionários do Granma, ícones na história da Revolução: Juan Almeida, Camilo Cienfuegos, Ramiro Valdés e o médico argentino Ernesto Guevara.

Posteriormente chegaram as iniciais ações vitoriosas: a tomada de um posto da Marinha de Guerra no rio La Prata; a emboscada a uma extrema vanguarda de um batalhão de paraquedistas e, sobretudo, aquela atingida em 28 de maio de 1957 com a tomada do quartel do Uvero.

A ação deixou 50 fuziles e milhares de munições ao Exército Rebelde, o qual, a consideração do Comandante Ernesto Che Guevara, conseguiu ali a maioridade.

E, ainda que não resultaram em vitórias, também marcaram a história ações revolucionárias como o Assalto ao Palácio Presidencial em Havana em 13 de março de 1957 e o levantamento armado do 5 de setembro na cidade de Cienfuegos, na antiga província de Villas.

Em 1958, o Exército Rebelde reforçou-se notavelmente e sob o comando de Fidel, Raúl, Almeida, Ramiro, Che e Camilo, citando alguns de seus relevantes líderes, avançou pela ilha até derrotar ao ditador Fulgencio Batista, em 1 de janeiro de 1959.

Daí o significado histórico do Desembarque do Granma, que ao ser comemorado 5 anos de sua chegada em 1961, permitiu ao Estado cubano fundar as Forças Armadas Revolucionárias (FAR), bastião para a defesa do país.

Integram-nas as Tropas Regulares e as Milícias de Tropas Territoriais, e cumprem suas missões durante a luta armada em cooperação com os órgãos e unidades do Ministério do Interior e as Brigadas de Produção e Defesa. Também faz parte o Exército Juvenil do Trabalho, que combina missões combativas com as produtivas, as construtivas e as sociais.

As FAR, junto ao povo e os órgãos de Defesa Civil, assumem a proteção de vidas e de recursos materiais do país em circunstâncias complexas como fenômenos meteorológicos, como ciclones e furacões, e outras tarefas para a proteção.

Há 55 anos, garantem a inviolabilidade do território nacional amparadas em poderosas forças de marinha, defesa aérea e antiaérea; e escolas, academias e outras dependências para a instrução militar. Sob o direcionamento do General de Exército Raúl Castro e o legado histórico de Fidel Castro, se erguem em uma estrutura invencível em defesa da Revolução cubana.

Da Prensa Latina

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