13 setembro 2017

Apelo ao nosso combativo povo


O furacão Irma, com sua força destrutiva, investiu contra nossa Ilha por mais de 72 horas, desde a manhã de 8 de setembro, até a tarde do dia 11 de setembro. Com ventos que ultrapassaram, às vezes, os 250 quilômetros por hora, percorreu o norte do país desde Baracoa, açoitada também por outro fenômeno deste tipo há quase um ano, até as proximidades de Cárdenas. Contudo, por seu imenso tamanho praticamente nenhum território se liberou de seus efeitos.


Qualificado pelos especialistas como o maior furacão formado no Atlântico, este fenômeno meteorológico causou severas afetações ao país, os quais, justamente por sua envergadura, ainda não foi possível quantificar. Uma pesquisa preliminar mostra afetações em moradias, o sistema eletroenergético e a agricultura.

Também açoitou alguns de nossos principais destinos turísticos, contudo os prejuízos serão recuperadas antes de começar a temporada alta. Contamos para isso com os recursos humanos e materiais requeridos, por constituir uma das principais fontes de renda da economia nacional. 

Para nosso povo foram dias severos, que em só poucas horas viu como o construído com esforço foi batido por um devastador furacão. As imagens das últimas horas são eloquentes, como também é o espírito de resistência e vitória de nosso povo que renasce com cada adversidade.

Nestas difíceis circunstâncias primou a unidade dos cubanos, a solidariedade entre os vizinhos, a disciplina perante as orientações emitidas pelo Estado-Maior Nacional da Defesa Civil e os Conselhos de Defesa em todos os níveis, o profissionalismo dos especialistas do Instituto de Meteorologia, a prontidão de nossa mídia e seus jornalistas, o apoio das organizações de massas, bem como a coesão dos órgãos de direção do Conselho de Defesa Nacional especial para todas nossas mulheres, incluindo as dirigentes do Partido e Governo, que com empenho e maturidade dirigiram e enfrentaram a severa situação.

As jornadas que se aproximam serão de muito trabalho, onde será demonstrada a fortaleza dos cubanos e a confiança indestrutível em sua Revolução. Não é tempo para lamentos, mas para construir novamente aquilo que os ventos do furacão Irma tentaram desaparecer.

Com a organização, disciplina e a integração de todas nossas estrutura, daremos o passo em frente, como fizemos em ocasiões anteriores. Ninguém fique enganado, a tarefa que temos em diante é imensa, mas com um povo como o nosso travaremos a batalha mais importante: a recuperação.

Neste momento crucial, a Central dos Trabalhadores de Cuba e a Associação Nacional dos Agricultores Pequenos, junto ao resto das organizações de massas, deverão redobrar seus esforços para desaparecer o mais cedo possível as sequelas deste destrutivo fenômeno.

Um princípio se mantém inamovível: a Revolução não deixará ninguém desamparado e já se tomam medidas para que nenhuma família cubana seja abandonada à sua sorte.

Como é costume cada vez que um fenômeno meteorológico nós bate, são muitas as mostras de solidariedade recebidas de todos os lugares do mundo. Chefes de Estados e de governo, organizações políticas e amigos dos movimentos de solidariedade expressaram a vontade de ajudar-nos, coisa que agradecemos em nome dos mais de onze milhões de cubanas e cubanos.

Enfrentamos a recuperação com o exemplo do Comandante-em-Chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, quem com sua permanente fé na vitória e ferrenha decisão nos ensinou que não existem impossíveis. Nestas difíceis horas, seu legado nos torna forte e nos une. •

Raúl Castro Ruz

Havana, 10 de setembro de 2017

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