11 outubro 2016

Fidel: "O destino incerto da espécie humana"


Não é debalde que os Estados Unidos, o país imperialista mais poderoso que já existiu, se autoenganam ao assumir como doutrina um parágrafo da Declaração Universal dos Direitos Humanos onde se afirma: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos, e, dotados como estão pela natureza de razão e consciência, devem comportar-se fraternalmente uns com os outros”.

Nada disso pode ser ignorado. Há muito mais qualidades nos princípios religiosos do que os que são unicamente políticos, apesar de que estes se referem aos ideais materiais e físicos da vida. Também muitas das obras artísticas mais inspiradas nasceram de mãos de pessoas religiosas, um fenômeno de caráter universal.

Os homens de ciência ocupam hoje um lugar privilegiado nos centros de pesquisas, laboratórios e na produção de medicamentos destinados à saúde humana, a vencer as distâncias, concentrar as energias, aperfeiçoar os equipamentos de investigação que possam operar na terra e no espaço.

Alguém deveria poder explicar de forma sossegada por que se pode observar desde um observatório a cinco mil metros de altura sobre o nível do mar uma estrela cuja luz tardou 12 bilhões de anos luz; quer dizer, a 300 mil quilômetros por segundo, para chegar à terra. Uma insólita medalha de ouro! Como se pode explicar isso, especialmente quando se faz referência à união das estrelas que segundo eminentes cientistas deram lugar à teoria do Big Bang?

O que ficaria depois? Ninguém poderia, contudo, negar a afirmação de eminentes cientistas que depois de dezenas de anos de rigorosos estudos chegaram à conclusão de que tais fenômenos são absolutamente possíveis. Outro fato de notável transcendência é que a possibilidade desses fenômenos é absolutamente real.

É neste ponto que as religiões adquirem um valor especial. Nos últimos milhares de anos, talvez até oito ou dez mil, puderam comprovar a existência de crenças bastante elaboradas em detalhes que interessantes. Para além desses limites, o que se conhece tem sabor de antigas tradições que distintos grupos humanos foram forjando. De Cristo conheço bastante pelo que li e me ensinaram nas escolas dirigidas por jesuítas ou os irmãos La Salle, dos quais escutei muitas histórias sobre Adão e Eva; Caim e Abel; Noé e o dilúvio universal e o maná que caía do céu quando pela seca ou outras causas havia escassez de alimentos. Tratarei de transmitir em outro momento mais algumas ideias sobre este singular problema.

Não esqueçamos que neste domingo haverá debate entre candidatos*. Na primeira ocasião, há duas semanas, houve um que causou comoção. O senhor Trump que se supunha um expert capacitado ficou desqualificado, tanto ele como Obama em sua política. Agora é preciso dar-lhes uma medalha de barro.

Fidel Castro Ruz
8 de outubro de 2016

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