15 maio 2016

Buena Vista Social Club também diz adeus em Cuba


A Buena Vista Social Club, orquestra conceituada embaixadora da música tradicional cubana no mundo, se despede hoje dos palcos em frente ao público desta ilha.

Com dois concertos este fim de semana no Teatro Karl Marx da capital cubana, o grupo culmina seu Adios Tour, que os levou a palcos dos cinco continentes durante um ano e meio.

A julgamento do violonista Eliades Ochoa -um dos fundadores-, a Buena Vista Social Club se converteu em um mito e seu legado se manterá no tempo porque o mundo não quer que se acabe.

"Devíamos terminar o Adios Tour em Cuba, pois que melhor lugar se não para o fazer?", disse.

A cantora Omara Portuondo confessou que não queria terminar nunca seu trabalho com o agrupamento, a qual lhe permitiu levar as sonoridades tradicionais daqui pelos cinco continentes.

Ainda que a maioria de nossas apresentações foram em outros países, decidimos fechar em Havana o evento de despedida porque encanta-nos cantar para o público da ilha, assinalou.

Segundo o alaudista Barbarito Torres, outro dos veteranos do alinhamento, o do Karl Marx será um novo show, onde incluirão temas pouco conhecidos do repertório e também os icônicos de sempre, como O quarto de Tula, Dois gardenias, Candela e o Chan chan.

Para o "Guajiro" Mirabal, a Buena Vista Social Clube não se acabará nunca, ademais "saber que temos feito um bom trabalho nos permite nos retirar com alegria".

Durante os concertos no Karl Marx, nos dias 14 e 15 de maio, se apresentarão imagens e vídeos para recordar àqueles músicos como Ibrahim Ferrer que foram fundadores do projeto, mas já não estão.

A Buena Vista conseguiu impor desde seus inícios no gosto de diversas gerações, tanto na cena nacional como estrangeira.

Conformado em sua maioria por veteranos músicos desta ilha caribenha, defensores a ultranza do são, o bolero, o danzón e o molho, o projeto reúne desde 1996 a prestigiosos cultores dos ritmos tradicionais cubanos, sobretudo aqueles das décadas de 1930 a 1950.

Sob a batuta do violonista e produtor estadunidense Ry Cooder gravaram um álbum merecedor de um prêmio Grammy e um documentário nominado ao Oscar no 2000.

Em 2015, a orquestra somou outra experiência a sua privilegiada carreira ao atuar na Casa Branca, o primeiro grupo cubano a apresentar-se ali em meio século.


Da Prensa Latina

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